Psicogeneologia

Há heranças difíceis de carregar! E se tudo o que os nossos antepassados viveram e sentiram influenciar o que somos hoje? Traumas, sofrimento, sonhos, expectativas…

Vou ajudar-te a descobrir. 

Metade de nós é Pai e a outra metade é Mãe. Se somos feitos com metade dos genes do nosso pai e metade dos genes da nossa mãe, e se eles, por sua vez, trazem metade dos genes de cada um dos seus pais,  de geração em geração esses genes, memórias e energia, carregam consigo episódios marcantes, conflitos, bloqueios, traumas, fracassos, amores e desamores, dificuldades várias - para a nossa vida e as vidas que gerarmos.

Não herdamos apenas a cor dos olhos ou o desenho das mãos. A nossa identidade, a forma como gerimos as nossas emoções e os nossos medos, também são uma herança. Mas aqui não falamos de ADN; falamos de memória e de inconsciente. Somos um puzzle quase infinito de influências!

… então estou destinada a repetir padrões familiares disfuncionais? 
Não necessariamente! É possível descobrir e trabalhar para reparar essas feridas.

O que é a Psicogenealogia?

A Psicogenealogia (psicologia + genealogia), ou psicologia transgeracional estuda o ser humano com base na sua genealogia. O conceito fundamental desta disciplina tem a ver com a convicção de que não somos indivíduos isolados, mas sim uma continuidade de experiências vividas pelos nossos antepassados (muitas vezes silenciadas), que transcendem gerações e se manifestam como patologias, sentimentos inexplicáveis, falhas repetidas, etc.

Uma experiência traumática num barco, por exemplo, pode ser sentida como medo do mar pelas sete gerações seguintes.

Apesar de reunir diferentes métodos e técnicas, a Psicogenealogia insere-se no âmbito das constelações familiares e da descodificação biológica das doenças, e é uma abordagem reconhecida por inúmeros profissionais que trabalham na área da psicologia. 

Qual a origem da Psicogenealogia?

A psicogenealogia surge geralmente associada à francesa Anne Ancelin Schützenberger, licenciada em Direito, doutorada em Psicologia, psico-analista formada com Françoise Dolto e Robert Gessain, e psicodramatista formada com Moreno (criador do psicodrama). Nos anos 70, Anne apercebeu-se que, tal como o seu pai e a sua filha, ela era a mais velha de dois filhos, cujo segundo havia morrido.

Esta repetição trágica e inexplicável fê-la compreender que somos menos livres do que o que julgamos ser, e que o que acontece connosco pode ser explicado pela história da nossa família. Com o avançar do estudo, Anne apercebeu-se de situações peculiares como o aparecimento de doenças em datas e idades de alguma morte ou acontecimento traumático no sistema familiar.

Quando as coisas são silenciadas, o corpo precisa de expressá-las.
Anne Schützenberger